Acima de tudo, a segurança
Tenho 40 anos de aviação e mais de 17 mil horas de voo. Vi, e vejo, a tecnologia evoluir a cada minuto, aumentando a segurança e o conforto dos nossos passageiros. Radares que detectam turbulências e instabilidades meteorológicas estão cada vez mais precisos, equipamentos informam, via satélite, todos os dados de uma aeronave em voo e os transmitem para os centros de controle das companhias . Também por satélite, aparelhos auxiliam o pouso e a localização dos nossos aviões. Poderia ficar horas listando inovações que entraram em operação recentemente e outras que brevemente irão melhorar ainda mais a experiência de voar.
Mesmo com toda essa tecnologia, há situações em que o mau tempo abala a percepção de nossos clientes. Vivi muitas vezes momentos desse tipo e nossos pilotos lidam com casos assim diariamente. E, nessas horas, é importante dizer que tudo o que um comandante faz, todas as decisões tomadas, têm como principal motivação a segurança dos passageiros e da tripulação.
A ponte aérea, a ligação CongonhasSantos Dumont, uma das mais movimentadas rotas de aviação do mundo, é cenário frequente dessas situações. Já aconteceu comigo, diversas vezes, decolar de São Paulo com bom tempo e, após poucos minutos, estar dentro de forte instabilidade. Nessas horas, concentrados no voo e nos procedimentos de segurança, não podemos nem mesmo dar explicações aos passageiros.
No dia 15 de março, um voo nosso de Congonhas para o Santos Dumont foi obrigado a pousar em Confins, Belo Horizonte. Por quê? A chuva fechara os aeroportos do Rio e mais Congonhas e Guarulhos. E, com esse fechamento, o aeroporto de Campinas, Viracopos, estava com o pátio lotado. Lá chegando, com diversos outros aviões, de diversas companhias, entramos em uma fila de reabastecimento e tivemos de pedir nova autorização de plano de voo. Assim que, reabastecida, a aeronave teve seu plano aprovado, o comandante decolou para o Rio, onde os aeroportos estavam abertos. A situação mudou quando se realizavam os procedimentos de aproximação da pista: a chuva voltou a fechar o Santos Dumont e obrigou a tripulação a um novo procedimento de pouso, desta vez no Galeão, que se encontrava aberto e liberado para operação. No momento final do pouso, a chuva, sempre ela, interditou, mais uma vez, o aeroporto internacional do Rio de Janeiro.
Com isso, o voo teve de seguir novamente para Minas Gerais e pousar em Confins. Para novo reabastecimento, novo plano de voo e nova decolagem em direção ao Rio, dessa vez diretamente ao Galeão, pois o Aeroporto Santos Dumont já se encontrava fechado pelo horário.
Certamente foi um transtorno para os passageiros. Mas foi também uma situação em que o comandante seguiu de forma exemplar todos os procedimentos e pensou, em primeiro lugar, na segurança de todos. Não é por acaso que, entre os cinco valores de nossa companhia (segurança, inovação, foco do cliente, orientação para resultados e sustentabilidade), a segurança esteja sempre em primeiro lugar. É duro ter compromissos adiados ou viagens prazerosas atrasadas por tempestades ou mau tempo, mas é importante saber que decisões como essa aumentam a confiança dos clientes nos procedimentos das companhias aéreas. E aumentam a segurança dos voos.
Mesmo com toda tecnologia, há situações em que a percepção coletiva fica abalada
Tenho 40 anos de aviação e mais de 17 mil horas de voo. Vi, e vejo, a tecnologia evoluir a cada minuto, aumentando a segurança e o conforto dos nossos passageiros. Radares que detectam turbulências e instabilidades meteorológicas estão cada vez mais precisos, equipamentos informam, via satélite, todos os dados de uma aeronave em voo e os transmitem para os centros de controle das companhias . Também por satélite, aparelhos auxiliam o pouso e a localização dos nossos aviões. Poderia ficar horas listando inovações que entraram em operação recentemente e outras que brevemente irão melhorar ainda mais a experiência de voar.
Mesmo com toda essa tecnologia, há situações em que o mau tempo abala a percepção de nossos clientes. Vivi muitas vezes momentos desse tipo e nossos pilotos lidam com casos assim diariamente. E, nessas horas, é importante dizer que tudo o que um comandante faz, todas as decisões tomadas, têm como principal motivação a segurança dos passageiros e da tripulação.
A ponte aérea, a ligação CongonhasSantos Dumont, uma das mais movimentadas rotas de aviação do mundo, é cenário frequente dessas situações. Já aconteceu comigo, diversas vezes, decolar de São Paulo com bom tempo e, após poucos minutos, estar dentro de forte instabilidade. Nessas horas, concentrados no voo e nos procedimentos de segurança, não podemos nem mesmo dar explicações aos passageiros.
No dia 15 de março, um voo nosso de Congonhas para o Santos Dumont foi obrigado a pousar em Confins, Belo Horizonte. Por quê? A chuva fechara os aeroportos do Rio e mais Congonhas e Guarulhos. E, com esse fechamento, o aeroporto de Campinas, Viracopos, estava com o pátio lotado. Lá chegando, com diversos outros aviões, de diversas companhias, entramos em uma fila de reabastecimento e tivemos de pedir nova autorização de plano de voo. Assim que, reabastecida, a aeronave teve seu plano aprovado, o comandante decolou para o Rio, onde os aeroportos estavam abertos. A situação mudou quando se realizavam os procedimentos de aproximação da pista: a chuva voltou a fechar o Santos Dumont e obrigou a tripulação a um novo procedimento de pouso, desta vez no Galeão, que se encontrava aberto e liberado para operação. No momento final do pouso, a chuva, sempre ela, interditou, mais uma vez, o aeroporto internacional do Rio de Janeiro.
Com isso, o voo teve de seguir novamente para Minas Gerais e pousar em Confins. Para novo reabastecimento, novo plano de voo e nova decolagem em direção ao Rio, dessa vez diretamente ao Galeão, pois o Aeroporto Santos Dumont já se encontrava fechado pelo horário.
Certamente foi um transtorno para os passageiros. Mas foi também uma situação em que o comandante seguiu de forma exemplar todos os procedimentos e pensou, em primeiro lugar, na segurança de todos. Não é por acaso que, entre os cinco valores de nossa companhia (segurança, inovação, foco do cliente, orientação para resultados e sustentabilidade), a segurança esteja sempre em primeiro lugar. É duro ter compromissos adiados ou viagens prazerosas atrasadas por tempestades ou mau tempo, mas é importante saber que decisões como essa aumentam a confiança dos clientes nos procedimentos das companhias aéreas. E aumentam a segurança dos voos.
Mesmo com toda tecnologia, há situações em que a percepção coletiva fica abalada
FERNANDO ROCKERT DE MAGALHÃES é vice-presidente técnico da Gol Linhas Aéreas Inteligentes.
FERNANDO ROCKERT DE MAGALHÃES - Jornal O Globo
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