quinta-feira, 18 de março de 2010

INFRAERO


Infraero investe R$ 425 milhões, menos da metade do previsto para 2009

SÃO PAULO - Com a metade dos investimentos previstos para 2009, que inicialmente eram de R$ 985 milhões, a Infraero divulgou em seu relatório anual que aplicou apenas 43% deste total no ano, totalizando R$ 425,4 milhões, o que pode explicar os distúrbios vividos pelo setor de aviação em relação à infraestrutura de aeroportos no País, juntamente com as recentes declarações da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) que irá restringir o numero de voos de seis importantes aeroportos até dezembro.

Do valor total aplicado, R$ 219,4 milhões referem-se a obras gerais, e R$ 206 milhões, a equipamentos, conforme balanço recentemente divulgado pela entidade. Segundo a Infraero, apesar de o valor ter sido menor, ainda houve um aumento de 6,6% em relação aos investimentos realizados em 2008, quando a previsão de investimentos era de R$ 2,2 bilhões, dos quais foram aplicados apenas 17%.

De 2004 a 2009 a Infraero investiu aproximadamente R$ 2,1 bilhões, sendo que a expectativa para estes cinco anos era de uma cifra de R$ 5,6 bilhões - em média, a entidade vem investindo a metade das suas previsões. Segundo o relatório da empresa, a gestão financeira, em 2009, esteve concentrada na redução de custos, buscando minimizar o descompasso entre o crescimento da receita e a despesa operacional e otimizar os recursos disponíveis, para garantir os investimentos prioritários nas áreas operacionais e de segurança.

Já o lucro bruto, ao fim do ano passado, foi de R$ 358,9 milhões, ante R$ 600,6 milhões do ano anterior, contabilizando uma queda de 40,2%. Conforme a Infraero, este resultado foi impactado principalmente pela queda da ordem de 20% da receita dos terminais de carga, em função da redução das importações. Além disso, houve diminuição do movimento de aeronaves e de passageiros internacionais, com perda de 3,2% e 1,2%, respectivamente.

A empresa também alertou de que o baixo desempenho foi amenizado pela retomada das operações domésticas, que registraram aumento de 15% na movimentação de passageiros e de 8,5% na de aeronaves. A Infraero destacou que os valores das tarifas nesses segmentos são inferiores aos valores das operações internacionais. O relatório destacou que o contexto da crise econômica internacional e o processo de transformações vivido pelo setor aéreo em 2009 demandaram dos gestores novas estratégias e realinhamento de prioridades.

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