sábado, 17 de abril de 2010

INFRAERO


Funcionários do Afonso Pena participam de simulação de acidente aéreo
Exercício prático serve como teste final para alunos que vão integrar o Corpo de Voluntários de Emergência

Fogo, muita fumaça e diversas vítimas feridas. Este foi o cenário montado para a simulação de um acidente aéreo, realizado no início da tarde desta sexta-feira (16) no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba (RMC). Ao todo, cerca de 300 pessoas participaram do procedimento utilizado como avaliação final para os alunos que vão fazer parte do Corpo de Voluntários de Emergência (CVE).

Antes da simulação, cerca de 80 pessoas se aglomeraram próximo ao setor de desembarque do aeroporto. Todos ansiosos para acompanhar o “acidente”. Entre os que aguardavam, estavam socorristas, estudantes do curso de enfermagem e técnicos da área. Elizete Luzia Mueller foi acompanhar o treinamento pela primeira vez. “Vamos só observar, mas vendo tudo na prática aprendemos mais do que em sala de aula”, diz a técnica em enfermagem.

Atores que vão se passar por feridos se reúnem antes do início do "acidente"
Estudantes e profissionais da área aguardam o início do treinamento no saguão do aeroporto

Saiba mais
Aparelho permitirá que Aeroporto Afonso Pena opere sem visibilidade Aeroporto Afonso Pena reabre após três horas fechado por nevoeiro Três ônibus da Infraero levaram os espectadores e os atores para o local da simulação, uma área afastada, a cerca de 500 metros das pistas do Afonso Pena. Em um grande retângulo montado, foram despejados diversos barris com combustível. Com os “feridos” posicionados nos locais estipulados e com o início do fogo, o acidente aéreo, enfim, tomou forma.

Não bastasse o dia ensolarado, as volumosas labaredas que chegaram a pelo menos quatro metros de altura ajudaram a aumentar o calor no local. Apesar do “clima quente”, os bombeiros e voluntários envolvidos na operação têm que demonstrar frieza na hora de resgatar as pessoas. “Vendo tudo de perto, tentamos ver o jeito que eles abordam as vítimas, como eles agem no local do acidente”, relata Cláudia Germano, que participa de um curso para se tornar socorrista.

Funcionários voluntários

O Corpo de Voluntários de Emergência (CVE) é formado por funcionários do aeroporto que, em um eventual desastre aéreo, são deslocados para prestar os primeiros socorros às vítimas. Uma turma, com uma média de cem alunos, é formada a cada ano.

Em uma situação real de acidente, a torre de controle do aeroporto aciona o Centro de Operações Aeronáuticas que vai reunir os voluntários da emergência e enviá-los para o local da ocorrência. Lá eles fazem os atendimentos iniciais aos feridos e aguardam a chegada dos socorristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e do Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência (Siate).

“Cumprimos a exigência de uma legislação internacional importante, pois temos dentro da comunidade aeroportuária pessoas preparadas para uma situação emergencial”, afirma o diretor da Infraero no aeroporto, Antônio Pallu.

Em 2010, são 120 novos trabalhadores que passam a fazer parte do CVE. Todos passaram por uma semana de treinamento com instrutores do Samu de São José dos Pinhais. Segundo informações do Aeroporto Afonso Pena, atualmente, cerca de mil pessoas integram o corpo de voluntários.

Adriano Ribeiro / Gazeta do Povo

Nenhum comentário:

Postar um comentário