3.ª pista do Afonso Pena vai recomeçar do zero
O poder público e a iniciativa privada terão de trabalhar muito para que a construção da terceira pista no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Grande Curitiba, se concretize.
Apesar de estar incluída no PAC 2, com investimento previsto de R$ 320 milhões, a obra precisa vencer muitos obstáculos para sair do papel. Além de recomeçarem do “zero” – é preciso refazer projetos preliminares, desapropriar áreas e realocar famílias –, os envolvidos com o projeto precisam de uma boa articulação para mostrar ao governo federal a necessidade da obra e, com isso, garantir os recursos necessários.
Dentro do Ministério da Defesa – ao qual está subordinada a Infraero, estatal que administra os aeroportos – há departamentos importantes que ainda não têm conhecimento da necessidade da construção da terceira pista. A Secretaria de Aviação Civil, que define as políticas públicas para o setor e subsidia as decisões da pasta, está nessa situação. “Não temos aqui nenhum estudo em termos de mercado sobre o Afonso Pena. Sem elementos mais concretos, fica um pleito como vários outros que recebemos. Para nós defendermos a obra, a gente precisa de algo mais robusto”, relata Fernando Ribeiro Soares, diretor do Departamento de Políticas de Aviação Civil.
Saiba mais
PAC 2 aposta em projetos que ainda não estão nem no papelA terceira pista é fundamental para alavancar o transporte de cargas no Aeroporto Afonso Pena. O projeto em estudo há anos prevê uma faixa pavimentada de 3.400 metros de extensão – 65% maior do que a pista principal utilizada atualmente. “Há uma competição muito grande por recursos entre aeroportos que querem aumentar a movimentação de cargas. Quanto melhor a demanda for comprovada, mais chances há para se obter os recursos”, explica Soares.
O coordenador do grupo de trabalho no Afonso Pena, Walmor Weiss, diz que a demanda já está “totalmente comprovada” e foi encaminhada à Infraero. Um dos levantamentos feitos pelo grupo – que reúne diversas entidades paranaenses, o governo estadual e prefeituras – mostra que a demanda potencial para o aeroporto era de 45,3 mil toneladas em 2007. Esse número é quase seis vezes maior do que o efetivamente movimentado naquele ano: 7,7 mil toneladas.
Mas Weiss confirma que a concretização da terceira pista exige bastante trabalho. Segundo ele, a Infraero precisa finalizar um levantamento preliminar para depois o poder público fazer a desapropriação dos terrenos necessários. Segundo a prefeitura de São José dos Pinhais, são cerca de 200 lotes, e o custo estimado para desapropriá-los é de R$ 75 milhões.
O PAC 2 também destina R$ 42,1 milhões para ampliação do terminal de passageiros do Afonso Pena – projeto prioritário para a Copa de 2014.
Publicado em 30/03/2010 Rosana Félix Gazeta do Povo
O poder público e a iniciativa privada terão de trabalhar muito para que a construção da terceira pista no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Grande Curitiba, se concretize.
Apesar de estar incluída no PAC 2, com investimento previsto de R$ 320 milhões, a obra precisa vencer muitos obstáculos para sair do papel. Além de recomeçarem do “zero” – é preciso refazer projetos preliminares, desapropriar áreas e realocar famílias –, os envolvidos com o projeto precisam de uma boa articulação para mostrar ao governo federal a necessidade da obra e, com isso, garantir os recursos necessários.
Dentro do Ministério da Defesa – ao qual está subordinada a Infraero, estatal que administra os aeroportos – há departamentos importantes que ainda não têm conhecimento da necessidade da construção da terceira pista. A Secretaria de Aviação Civil, que define as políticas públicas para o setor e subsidia as decisões da pasta, está nessa situação. “Não temos aqui nenhum estudo em termos de mercado sobre o Afonso Pena. Sem elementos mais concretos, fica um pleito como vários outros que recebemos. Para nós defendermos a obra, a gente precisa de algo mais robusto”, relata Fernando Ribeiro Soares, diretor do Departamento de Políticas de Aviação Civil.
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PAC 2 aposta em projetos que ainda não estão nem no papelA terceira pista é fundamental para alavancar o transporte de cargas no Aeroporto Afonso Pena. O projeto em estudo há anos prevê uma faixa pavimentada de 3.400 metros de extensão – 65% maior do que a pista principal utilizada atualmente. “Há uma competição muito grande por recursos entre aeroportos que querem aumentar a movimentação de cargas. Quanto melhor a demanda for comprovada, mais chances há para se obter os recursos”, explica Soares.
O coordenador do grupo de trabalho no Afonso Pena, Walmor Weiss, diz que a demanda já está “totalmente comprovada” e foi encaminhada à Infraero. Um dos levantamentos feitos pelo grupo – que reúne diversas entidades paranaenses, o governo estadual e prefeituras – mostra que a demanda potencial para o aeroporto era de 45,3 mil toneladas em 2007. Esse número é quase seis vezes maior do que o efetivamente movimentado naquele ano: 7,7 mil toneladas.
Mas Weiss confirma que a concretização da terceira pista exige bastante trabalho. Segundo ele, a Infraero precisa finalizar um levantamento preliminar para depois o poder público fazer a desapropriação dos terrenos necessários. Segundo a prefeitura de São José dos Pinhais, são cerca de 200 lotes, e o custo estimado para desapropriá-los é de R$ 75 milhões.
O PAC 2 também destina R$ 42,1 milhões para ampliação do terminal de passageiros do Afonso Pena – projeto prioritário para a Copa de 2014.
Publicado em 30/03/2010 Rosana Félix Gazeta do Povo
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