sábado, 26 de março de 2011

INFRAERO


Simulado de acidente movimenta toda a RMC

Treino do Infraero acontece uma vez por ano e reúne toda a estrutura da Defesa Civil

Três mil litros de diesel foram queimados para o treinamento (foto: Luiz Felipe Abreu/Infrero)

Cerca de 100 voluntários participaram na sexta-feira (25) do simulado de acidente promovido pela Infraero no Aeroporto Internacional Afonso Pena. em São José dos Pinhais. Após uma semana de aprendizagem teórica e prática, o grupo participou de um exercício simulado, quando aplicaram os conhecimentos sobre atendimentos médicos de emergência, funcionamento da cadeia de sobrevivência e biossegurança.

O Exercício de Emergência Aeronáutica Completo (Exeac) simulou um acidente com aeronave. Para o exercício, 3 mil litros de óleo diesel foram incendiados e 5 caminhões contraincêndio da Infraero, equipados com água e líquido gerador de espuma (LGE) entraram em ação. Ambulâncias da Infraero, Samu e Autopista Litoral Sul ficaram a postos para o transporte de “sobreviventes”. O helicóptero da Polícia Rodoviária Federal também atuou no exercício.

Alunos de uma escola privada de Curitiba, que prepara socorristas, além de funcionários da Prefeitura Municipal de São José dos Pinhais passaram-se por vítimas, com diferentes sintomas e "ferimentos". Foram 40 voluntários atendidos pelos "ceveanos", como são chamados os integrantes do CVE. Como observadores, além de convidados, aproximadamente 70 alunos de cursos de formação de comissários de bordo.

Participaram do exercício: empregados da Infraero; integrantes da comunidade aeroportuária; Cindacta II; Binfa; Polícia Rodoviária Federal; Polícia Militar do Paraná; 6° Grupamento de Bombeiros; Secretaria de Saúde de São José dos Pinhais; Siate e Samu de São José dos Pinhais e de Curitiba; Guarda Municipal de São José dos Pinhais; Defesa Civil.

Da Redação Bem Paraná


INFRAERO


Gustavo do Vale garante melhoria nos aeroportos até a Copa mas descarta privatizações

Ao tomar posse hoje à tarde, em Brasília, na presidência da Infraero, Gustavo Matos do Vale prometeu seguir as diretrizes do Governo no sentido de garantir os investimentos necessários para atender ao crescimento da demanda nos principais aeroportos do país. O dirigente lembrou que os aeroportos localizados nas 12 cidades-sede da Copa receberão ao todo investimentos de R$5,63 bilhões.

Segundo ele quase que a totalidade, R$5,23 bilhões, serão destinados aos 13 aeroportos, do 67 no total, sob a administração da Infraero. O restante do valor será investido pela iniciativa privada como decorrência do processo de concessão como é o caso do Aeroporto de São Gonçalo do Amarante, em natal (RN). "Os investimentos serão, principalmente, para reforma, modernização e ampliação de terminais e pistas", adiantou.

Na sua explanação ele confirmou que R$748,4 milhões serão para o aeroporto de Brasília; R$ 408,6 milhões para o aeroporto de Confins; R$87,5 milhões para o aeroporto de Cuiabá; R$72,8 milhões para o aeroporto de Curitiba; R$279,5 milhões para o Aeroporto de Fortaleza; R$327,4 milhões para o Aeroporto de Manaus; R$254 milhões para o aeroporto de São Gonçalo do Amarante (RN); R$345,8 milhões para o Aeroporto de Porto Alegre; R$19,8 milhões para o Aeroporto de Recife; R$ 687,4 milhões para o Aeroporto do Rio de Janeiro (Galeão); R$ 45,1 milhões para Aeroporto de Salvador; R$1,2 bilhões para o Aeroporto de São Paulo (Guarulhos) e, finalmente, R$739,9 milhões para o Aeroporto de Viracopos (Campinas).

Com relação a possível privatização e abertura de capital, Antonio do Vale disse que a segunda opção é mais viável e já está sendo discutida com a presidente Dilma, principalmente no que se refere a colaboração disso na construção do terceiro terminal do Aeroporto Internacional de Guarulho/SP.

Para ele a abertura de capital é uma solução mais viável e não existe espaço para processo de privatização, praticamente descartando tal possibilidade. "Como meu nome está ligado às privatizações de bancos estatais, fui questionando sobre a troca de comando para a iniciativa privada da Infraero. Mas, garanto que isto não está em cogitação no momento, pois esta decisão depende muito mais da exigência dos clientes e desempenho do corpo de funcionários do que de um dirigente".

Ele defendeu também a implantação de módulos operacionais em alguns dos aeroportos como o de Brasília e chegou a comentar que o mesmo se assemelhava a um "puxadinho de boa qualidade".

Gustavo do Vale substituiu João Márcio Jordão, diretor de Operações, que estava no cargo, interinamente, desde a saída do ex-presidente Murilo Marques Barboza, há cerca de um mês.Em seu discurso Vale disse que dará continuidade aos programas em andamento, embora novos programas de gestão já estejam sendo avaliados. "Trabalharemos incansavelmente para atender a demanda do transporte aéreo e vamos nos reestruturar, quando necessário".

Em relação aos preparativos para a Copa do Mundo e Olimpíadas, Vale afirmou que são eventos importantes e que a Infraero vem se adequando às necessidades do mercado e a demanda em crescimento. "Temos um plano em execução e recursos dentro do planejamento para os 67 aeroportos até 2014". Segundo ele o modelo brasileir difere do utilizado em outros países."Diferentemente da Europa, onde é possível percorrer os lugares por outros meios, o Brasil depende da aviação e qualquer crise no setor paralisa o país e a economia".

Perfil - Vale tem 59 anos e, dentre suas atividades, foi diretor de Liquidações e Controle de Operações do Crédito Rural do Banco Central do Brasil e vice-presidente de Tecnologia e Infraestrutura e diretor de Tecnologia e Infraestrutura do Banco do Brasil S.A

Jussara Santos Mercado&eventos

segunda-feira, 21 de março de 2011

INFRAERO


NÃO PRECISAMOS CORRIGIR OS ACERTOS

A INFRAERO TEM VIRTUDES E LEVA A CULPA POR PROBLEMAS QUE NÃO SÃO SEUS
Não me lembro de haver questionado em qualquer momento a validade de sua criação e a importância de seus serviços ao transporte aéreo. Criada em 1973, a estatal tornou-se uma das maiores operadoras de aeroportos no mundo. É inquestionável sua importância direta na modernização dos principais aeroportos brasileiros e no crescimento do transporte aéreo no Brasil.
Este texto inicial pode parecer algo tirado de uma peça publicitária da empresa ou sugerir que eu tenha sido contratado, "oficiosamente", como relações públicas. Certa vez, recebi um conselho do engenheiro Ozires Silva, que venho procurando seguir: "Se for necessário, ataque apenas as pessoas, jamais a instituição".
Comecei minha vida como aviador, na década de 1960, antes da criação da Infraero e o melhor que tínhamos no Brasil era o Daesp (Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo), que administrava o aeroporto de Congonhas e pequenos aeroportos no estado.
As companhias aéreas também eram responsáveis por uma grande parte da manutenção da infraestrutura aeroportuária, auxílios à navegação aérea e administração de aeroportos.
Empresas realizavam por sua conta a operação e manutenção de vários aeroportos, estações de rádio, controle, informações de vôo e até escolas de formação de pilotos. Vários aeroportos eram bases aéreas compartilhadas e bancadas pela FAB (Força Aérea Brasileira) e outros tinham administração estadual ou municipal. Com exceção de três ou quatro aeroportos, os demais eram de uma miséria vergonhosa.
Claro que a tecnologia evoluiu em todos os setores da aviação, mas posso afirmar que, caso não tivéssemos criado a Infraero no momento certo, a realidade hoje seria pior. Tivemos tropeços em várias administrações, desde o autoritarismo até administrações corruptas e incompetentes.
Assim como a Embraer. Petrobras, Vale e muitas outras, a Infraero sobreviveu e continuou a crescer apesar de toda sorte de dificuldades. Nesses últimos anos, venho tendo a oportunidade de estar muito próximo das administrações da empresa. Preciso destacar o trabalho do brigadeiro Cleonilson Nicácio da Silva, no saneamento e na recuperação técnica da empresa, e de Murilo Marques Barboza, que enfrenta os desafios do crescimento incomum da demanda da infraestrutura necessária para a realização da Copa de 2014 e das Olimpíadas de 2016.
Conheci o módulo operacional de Brasília e posso dizer que é melhor do que a maioria das salas de embarque de aeroportos na América Latina.
A Infraero emprega mais de 28.000 funcionários entre concursados e terceirizados,administra 67 aeroportos e concentra 97% do movimento de transporte aéreo regular.
Vejo meus colegas aviadores, operadores e usuários criticarem a empresa por assuntos que nada tem a ver com ela. É o “finger que não está disponível", é a "mudança de portão de embarque", "falta de áreas operacionais", "atrasos nas decolagens", "redução de velocidades em rota e nas aproximações" e "falta de espaço nos pátios e áreas de manobras".
Na maioria dos casos, a culpa é de sua própria companhia, que não tem aeronaves e funcionários suficientes ou vendeu passagens além da capacidade. Ao controle de tráfego aéreo, também faltam equipamentos e profissionais. Sem falar dos episódios em que a Receita Federal ou a Polícia Federal provocam o congestionamento de passageiros no aeroporto.
Sugiro que este governo tenha o bom senso de considerar a Infraero como uma empresa que demanda grande conhecimento técnico e competência. No mais, basta conservar o que está certo e buscar consertar apenas o que está errado.
AERO MAGAZINE - 20/03/2011 - Decio Corrêa