sábado, 26 de março de 2011

INFRAERO


Gustavo do Vale garante melhoria nos aeroportos até a Copa mas descarta privatizações

Ao tomar posse hoje à tarde, em Brasília, na presidência da Infraero, Gustavo Matos do Vale prometeu seguir as diretrizes do Governo no sentido de garantir os investimentos necessários para atender ao crescimento da demanda nos principais aeroportos do país. O dirigente lembrou que os aeroportos localizados nas 12 cidades-sede da Copa receberão ao todo investimentos de R$5,63 bilhões.

Segundo ele quase que a totalidade, R$5,23 bilhões, serão destinados aos 13 aeroportos, do 67 no total, sob a administração da Infraero. O restante do valor será investido pela iniciativa privada como decorrência do processo de concessão como é o caso do Aeroporto de São Gonçalo do Amarante, em natal (RN). "Os investimentos serão, principalmente, para reforma, modernização e ampliação de terminais e pistas", adiantou.

Na sua explanação ele confirmou que R$748,4 milhões serão para o aeroporto de Brasília; R$ 408,6 milhões para o aeroporto de Confins; R$87,5 milhões para o aeroporto de Cuiabá; R$72,8 milhões para o aeroporto de Curitiba; R$279,5 milhões para o Aeroporto de Fortaleza; R$327,4 milhões para o Aeroporto de Manaus; R$254 milhões para o aeroporto de São Gonçalo do Amarante (RN); R$345,8 milhões para o Aeroporto de Porto Alegre; R$19,8 milhões para o Aeroporto de Recife; R$ 687,4 milhões para o Aeroporto do Rio de Janeiro (Galeão); R$ 45,1 milhões para Aeroporto de Salvador; R$1,2 bilhões para o Aeroporto de São Paulo (Guarulhos) e, finalmente, R$739,9 milhões para o Aeroporto de Viracopos (Campinas).

Com relação a possível privatização e abertura de capital, Antonio do Vale disse que a segunda opção é mais viável e já está sendo discutida com a presidente Dilma, principalmente no que se refere a colaboração disso na construção do terceiro terminal do Aeroporto Internacional de Guarulho/SP.

Para ele a abertura de capital é uma solução mais viável e não existe espaço para processo de privatização, praticamente descartando tal possibilidade. "Como meu nome está ligado às privatizações de bancos estatais, fui questionando sobre a troca de comando para a iniciativa privada da Infraero. Mas, garanto que isto não está em cogitação no momento, pois esta decisão depende muito mais da exigência dos clientes e desempenho do corpo de funcionários do que de um dirigente".

Ele defendeu também a implantação de módulos operacionais em alguns dos aeroportos como o de Brasília e chegou a comentar que o mesmo se assemelhava a um "puxadinho de boa qualidade".

Gustavo do Vale substituiu João Márcio Jordão, diretor de Operações, que estava no cargo, interinamente, desde a saída do ex-presidente Murilo Marques Barboza, há cerca de um mês.Em seu discurso Vale disse que dará continuidade aos programas em andamento, embora novos programas de gestão já estejam sendo avaliados. "Trabalharemos incansavelmente para atender a demanda do transporte aéreo e vamos nos reestruturar, quando necessário".

Em relação aos preparativos para a Copa do Mundo e Olimpíadas, Vale afirmou que são eventos importantes e que a Infraero vem se adequando às necessidades do mercado e a demanda em crescimento. "Temos um plano em execução e recursos dentro do planejamento para os 67 aeroportos até 2014". Segundo ele o modelo brasileir difere do utilizado em outros países."Diferentemente da Europa, onde é possível percorrer os lugares por outros meios, o Brasil depende da aviação e qualquer crise no setor paralisa o país e a economia".

Perfil - Vale tem 59 anos e, dentre suas atividades, foi diretor de Liquidações e Controle de Operações do Crédito Rural do Banco Central do Brasil e vice-presidente de Tecnologia e Infraestrutura e diretor de Tecnologia e Infraestrutura do Banco do Brasil S.A

Jussara Santos Mercado&eventos

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