NÃO PRECISAMOS CORRIGIR OS ACERTOS
A INFRAERO TEM VIRTUDES E LEVA A CULPA POR PROBLEMAS QUE NÃO SÃO SEUS
A INFRAERO TEM VIRTUDES E LEVA A CULPA POR PROBLEMAS QUE NÃO SÃO SEUS
Não me lembro de haver questionado em qualquer momento a validade de sua criação e a importância de seus serviços ao transporte aéreo. Criada em 1973, a estatal tornou-se uma das maiores operadoras de aeroportos no mundo. É inquestionável sua importância direta na modernização dos principais aeroportos brasileiros e no crescimento do transporte aéreo no Brasil.
Este texto inicial pode parecer algo tirado de uma peça publicitária da empresa ou sugerir que eu tenha sido contratado, "oficiosamente", como relações públicas. Certa vez, recebi um conselho do engenheiro Ozires Silva, que venho procurando seguir: "Se for necessário, ataque apenas as pessoas, jamais a instituição".
Comecei minha vida como aviador, na década de 1960, antes da criação da Infraero e o melhor que tínhamos no Brasil era o Daesp (Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo), que administrava o aeroporto de Congonhas e pequenos aeroportos no estado.
As companhias aéreas também eram responsáveis por uma grande parte da manutenção da infraestrutura aeroportuária, auxílios à navegação aérea e administração de aeroportos.
Empresas realizavam por sua conta a operação e manutenção de vários aeroportos, estações de rádio, controle, informações de vôo e até escolas de formação de pilotos. Vários aeroportos eram bases aéreas compartilhadas e bancadas pela FAB (Força Aérea Brasileira) e outros tinham administração estadual ou municipal. Com exceção de três ou quatro aeroportos, os demais eram de uma miséria vergonhosa.
Claro que a tecnologia evoluiu em todos os setores da aviação, mas posso afirmar que, caso não tivéssemos criado a Infraero no momento certo, a realidade hoje seria pior. Tivemos tropeços em várias administrações, desde o autoritarismo até administrações corruptas e incompetentes.
Assim como a Embraer. Petrobras, Vale e muitas outras, a Infraero sobreviveu e continuou a crescer apesar de toda sorte de dificuldades. Nesses últimos anos, venho tendo a oportunidade de estar muito próximo das administrações da empresa. Preciso destacar o trabalho do brigadeiro Cleonilson Nicácio da Silva, no saneamento e na recuperação técnica da empresa, e de Murilo Marques Barboza, que enfrenta os desafios do crescimento incomum da demanda da infraestrutura necessária para a realização da Copa de 2014 e das Olimpíadas de 2016.
Conheci o módulo operacional de Brasília e posso dizer que é melhor do que a maioria das salas de embarque de aeroportos na América Latina.
Este texto inicial pode parecer algo tirado de uma peça publicitária da empresa ou sugerir que eu tenha sido contratado, "oficiosamente", como relações públicas. Certa vez, recebi um conselho do engenheiro Ozires Silva, que venho procurando seguir: "Se for necessário, ataque apenas as pessoas, jamais a instituição".
Comecei minha vida como aviador, na década de 1960, antes da criação da Infraero e o melhor que tínhamos no Brasil era o Daesp (Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo), que administrava o aeroporto de Congonhas e pequenos aeroportos no estado.
As companhias aéreas também eram responsáveis por uma grande parte da manutenção da infraestrutura aeroportuária, auxílios à navegação aérea e administração de aeroportos.
Empresas realizavam por sua conta a operação e manutenção de vários aeroportos, estações de rádio, controle, informações de vôo e até escolas de formação de pilotos. Vários aeroportos eram bases aéreas compartilhadas e bancadas pela FAB (Força Aérea Brasileira) e outros tinham administração estadual ou municipal. Com exceção de três ou quatro aeroportos, os demais eram de uma miséria vergonhosa.
Claro que a tecnologia evoluiu em todos os setores da aviação, mas posso afirmar que, caso não tivéssemos criado a Infraero no momento certo, a realidade hoje seria pior. Tivemos tropeços em várias administrações, desde o autoritarismo até administrações corruptas e incompetentes.
Assim como a Embraer. Petrobras, Vale e muitas outras, a Infraero sobreviveu e continuou a crescer apesar de toda sorte de dificuldades. Nesses últimos anos, venho tendo a oportunidade de estar muito próximo das administrações da empresa. Preciso destacar o trabalho do brigadeiro Cleonilson Nicácio da Silva, no saneamento e na recuperação técnica da empresa, e de Murilo Marques Barboza, que enfrenta os desafios do crescimento incomum da demanda da infraestrutura necessária para a realização da Copa de 2014 e das Olimpíadas de 2016.
Conheci o módulo operacional de Brasília e posso dizer que é melhor do que a maioria das salas de embarque de aeroportos na América Latina.
A Infraero emprega mais de 28.000 funcionários entre concursados e terceirizados,administra 67 aeroportos e concentra 97% do movimento de transporte aéreo regular.
Vejo meus colegas aviadores, operadores e usuários criticarem a empresa por assuntos que nada tem a ver com ela. É o “finger que não está disponível", é a "mudança de portão de embarque", "falta de áreas operacionais", "atrasos nas decolagens", "redução de velocidades em rota e nas aproximações" e "falta de espaço nos pátios e áreas de manobras".
Na maioria dos casos, a culpa é de sua própria companhia, que não tem aeronaves e funcionários suficientes ou vendeu passagens além da capacidade. Ao controle de tráfego aéreo, também faltam equipamentos e profissionais. Sem falar dos episódios em que a Receita Federal ou a Polícia Federal provocam o congestionamento de passageiros no aeroporto.
Sugiro que este governo tenha o bom senso de considerar a Infraero como uma empresa que demanda grande conhecimento técnico e competência. No mais, basta conservar o que está certo e buscar consertar apenas o que está errado.
Vejo meus colegas aviadores, operadores e usuários criticarem a empresa por assuntos que nada tem a ver com ela. É o “finger que não está disponível", é a "mudança de portão de embarque", "falta de áreas operacionais", "atrasos nas decolagens", "redução de velocidades em rota e nas aproximações" e "falta de espaço nos pátios e áreas de manobras".
Na maioria dos casos, a culpa é de sua própria companhia, que não tem aeronaves e funcionários suficientes ou vendeu passagens além da capacidade. Ao controle de tráfego aéreo, também faltam equipamentos e profissionais. Sem falar dos episódios em que a Receita Federal ou a Polícia Federal provocam o congestionamento de passageiros no aeroporto.
Sugiro que este governo tenha o bom senso de considerar a Infraero como uma empresa que demanda grande conhecimento técnico e competência. No mais, basta conservar o que está certo e buscar consertar apenas o que está errado.
AERO MAGAZINE - 20/03/2011 - Decio Corrêa
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