quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

AEROPORTOS

Mais ou menos segurança nos aeroportos

Interessante a reportagem sobre segurança nos aeroportos brasileiros realizada pelo Fantástico. Pena para eles que o repórter Mister “M” não verificou com antecedência que a legislação brasileira não estabelece a obrigatoriedade de verificação de bagagem de porão em voos domésticos. Bem que eles queriam que fosse diferente, afinal daria muito mais repercussão.

O nível de segurança tem que ser equivalente ao nível de ameaça. E o nível de ameaça no Brasil é muito baixo. Não podemos e não devemos ter aqui uma visão catastrófica de malucos sequestrando aviões ou explodindo prédios, mesmo porque não é uma prática comum entre nós.

Isso graças ao posicionamento pacífico do País na sua tradição de relacionamento no mundo. O Brasil sempre pautou sua conduta adotando o diálogo como meio mais produtivo e menos danoso em todos os termos. Não é nossa prática (com algumas exceções recentes) apoiar o discurso intolerante de países extremistas.

Ao contrário de países como Estados Unidos e Inglaterra que têm liderado ações de intervenção em outros países,
usando todo o tipo de manipulação e mentira para induzir o resto do mundo a apoiar tais atos, o Brasil tem adotado um discurso moderado, tendo na soberania das nações a regra essencial de convivência entre os países.

Nesse sentido, não é nem de longe plausível imaginar que o Brasil precisaria ter um esquema de segurança comparável ao que tem os Estados Unidos e a Inglaterra. Apenas porque não é necessário.

Logicamente, essa regra de inspeção mais flexível deve variar com o nível de ameaça, que também varia em função de determinadas condições. Veja o caso do Pan Americano de 2007, realizado no Rio de Janeiro. Naquele contexto, o nível de segurança foi aumentado e vários procedimentos dispensáveis no dia a dia foram ativados. O mesmo vai acontecer nos jogos mundiais militares de 2011, na copa-2014 e nas olimpíadas-2016.

Os requisitos de segurança nos aeroportos administrados pela Infraero seguem estritamente as normas vigentes e não foi à toa que o repórter Mister “M” não ousou passar por um deles com a bagagem de mão. Pois teria sido inspecionada nos equipamentos de raio X que estão nos 67 aeroportos da rede Infraero.

Ele foi ao aeroporto de Juiz de Fora que não faz parte da rede Infraero. Trata-se de aeroporto privatizado pela Prefeitura, em 2007, e que não detém os equipamentos de verificação de bagagem de mão.

De tudo isso é importante ponderar sobre as circunstâncias atuais e sobre a necessidade de ampliar ou não os níveis de segurança em relação aos voos domésticos. Se a decisão for pela ampliação, as normas devem ser alteradas e os operadores aeroportuários (todos eles) devem adotar rapidamente as medidas para que isso seja efetivo.
Postado por Aeroportos no Brasil: artigos, notícias e informações

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