Resposta da ANEI à declaração do candidato José Serra
A ANEI lamenta que um candidato à Presidência da República fale sobre o setor de infraestrutura aeroportuária, principalmente sobre a estatal 100% brasileira - INFRAERO, 2ª maior empresa operadora de aeroportos do mundo, que há 37 anos administra os principais aeroportos do país, sem um mínimo de coerência em seu discurso.
A ANEI lamenta que um candidato à Presidência da República fale sobre o setor de infraestrutura aeroportuária, principalmente sobre a estatal 100% brasileira - INFRAERO, 2ª maior empresa operadora de aeroportos do mundo, que há 37 anos administra os principais aeroportos do país, sem um mínimo de coerência em seu discurso. Afirmar que a Infraero está toda loteada politicamente é faltar com a verdade, é desrespeitoso ao corpo gerencial da empresa, à sociedade brasileira, além de revelar despreparo do aspirante que seja.
A INFRAERO é uma Empresa Pública de direito privado, dotada de patrimônio próprio, autonomia administrativa e financeira, vinculada ao Ministério da Defesa, atua na construção, implantação, administração, operação e exploração industrial e comercial de aeroportos, apoiando a navegação aérea e realizando atividades correlatas atribuídas pelo Governo Federal. Assim, no intuito de atualizar as informações para os candidatos e para os críticos, pontuamos o seguinte.
Primeiro:
O Estatuto da INFRAERO admite contratos, a termo e demissíveis "ad nutum", profissionais para exercerem funções de assessoramento totalizando um limite máximo de doze Assessores. Desta forma, a estatal NÃO possui um Diretor sequer, um Superintendente sequer, um Gerente sequer que não sejam orgânicos. Portanto, a infeliz declaração do candidato não espelha a verdade sobre uma gigante empresa que tem dado bastante orgulho aos brasileiros.
Ademais, os cerca de 11.500 empregados concursados (não apadrinhados ou eleitos), que ao longo de quase quatro décadas, ajudaram no desenvolvimento sustentável do país com a infraestrutura aeroportuária - transformando uma empresa PÚBLICA brasileira na 2ª maior operadora de aeroportos do mundo em passageiros e 3ª em número de terminais, dos quais há previsão de investimento para ampliação e modernização na cifra dos bilhões para os próximos anos, dignam-se o respeito e consideração dos falaciosos.
O Brasil continua sendo considerado SEGURO para voar, porque a INFRAERO tem honrado todas as Recomendações de excelência em SEGURANÇA AEROPORTUÁRIA e NAVEGAÇÃO AÉREA ao longo de anos com a OACI (Organização da Aviação Civil Internacional). Caso não haja esse comprometimento e fiel cumprimento das Recomendações, o Brasil a qualquer tempo pode ser desconsiderado como país seguro para voar e, consequentemente, dezenas de Cias Aéreas poderiam(ão) deixar de operar no país. Isso significaria desemprego e retrocesso para a aviação.
Incrível que nos últimos anos os "especialistas" do Brasil só apontam críticas negativas à Infraero, mas a ICAO e a TSA (norte americana) apenas elogios.
Segundo:
A ANEI tem acompanhado o debate de perto sobre o tema privatização/concessão e a insistência de alguns "especialistas" no modelo único de aeroportos como solução para os problemas de um país continental que agoniza há décadas por falta de gestão pública continuada, melhores estradas, portos, hidrovias, trens, metrôs e outros modais, para darem melhor fluidez a passageiros e cargas.
Afirmar que o TAV em São Paulo não saiu do papel por culpa da Infraero, beira ao delírio e não merece comentários por inconsistência e quiçá seria o mesmo discurso de que o Rio de Janeiro poderia não sediar as Olimpíadas por culpa do Aeroporto do Galeão... mesmo o Rio perdendo feio para as outras candidatas em quesitos como metrô, hotelaria, infraestrutura urbana e etc. Para se ter uma ideia, em 31 anos de existência o metrô do Rio tem apenas 42 km de extensão e com 36 anos em São Paulo são 62,3 km; em Londres são 408 km, em Paris são 213 km e em Moscou são 276 km... Enfim, não executaram ainda o TAV por outros motivos menos por culpa da Infraero, uma vez inclusive, que por décadas os governos têm se mostrado ineficientes para ampliar significativamente a extensão dos metrôs de nossas capitais.
Terceiro:
Apesar de técnicos verdadeiramente especializados e empresários brasileiros que lidam dia a dia no macroprocesso da aviação se posicionarem contrários a privatização/concessão - por ser um modelo muito mais caro e malsucedido em diversos países, têm nos causado estranheza a forma agressiva e predatória como alguns "especialistas" têm proposto o tema se de fato a maioria dos mais importantes aeroportos da Europa e dos EUA não são privados.
Insinuar que os técnicos da Infraero, uma empresa pública com status, respeitabilidade e história internacional, não possuem capacidade para modernizar e ampliar os aeroportos é jogar em vala comum um trabalho de excelência e comprometimento de décadas no desenvolvimento sustentável do país.
Infelizmente o histórico brasileiro não pode validar a declaração do candidato sobre multa ou perda de concessões...
Para finalizar, soa como contradição que os "aeroportos" administrados pelo governo do estado de São Paulo – DAESP não são privatizados.
Apenas para constar, se privado fosse sinônimo de milagre, os Tribunais de Justiça de todo o país não registrariam ex-estatais, hoje empresa privatizada, no rol das mais reclamadas. ISTO É FATO!
- INFRAERO, uma empresa que precisa ser respeitada nacionalmente -
Porque o Brasil não precisa voar mais alto, precisa continuar voando bem.
Escrito por Administrator 08 Julho 2010
A ANEI lamenta que um candidato à Presidência da República fale sobre o setor de infraestrutura aeroportuária, principalmente sobre a estatal 100% brasileira - INFRAERO, 2ª maior empresa operadora de aeroportos do mundo, que há 37 anos administra os principais aeroportos do país, sem um mínimo de coerência em seu discurso.
A ANEI lamenta que um candidato à Presidência da República fale sobre o setor de infraestrutura aeroportuária, principalmente sobre a estatal 100% brasileira - INFRAERO, 2ª maior empresa operadora de aeroportos do mundo, que há 37 anos administra os principais aeroportos do país, sem um mínimo de coerência em seu discurso. Afirmar que a Infraero está toda loteada politicamente é faltar com a verdade, é desrespeitoso ao corpo gerencial da empresa, à sociedade brasileira, além de revelar despreparo do aspirante que seja.
A INFRAERO é uma Empresa Pública de direito privado, dotada de patrimônio próprio, autonomia administrativa e financeira, vinculada ao Ministério da Defesa, atua na construção, implantação, administração, operação e exploração industrial e comercial de aeroportos, apoiando a navegação aérea e realizando atividades correlatas atribuídas pelo Governo Federal. Assim, no intuito de atualizar as informações para os candidatos e para os críticos, pontuamos o seguinte.
Primeiro:
O Estatuto da INFRAERO admite contratos, a termo e demissíveis "ad nutum", profissionais para exercerem funções de assessoramento totalizando um limite máximo de doze Assessores. Desta forma, a estatal NÃO possui um Diretor sequer, um Superintendente sequer, um Gerente sequer que não sejam orgânicos. Portanto, a infeliz declaração do candidato não espelha a verdade sobre uma gigante empresa que tem dado bastante orgulho aos brasileiros.
Ademais, os cerca de 11.500 empregados concursados (não apadrinhados ou eleitos), que ao longo de quase quatro décadas, ajudaram no desenvolvimento sustentável do país com a infraestrutura aeroportuária - transformando uma empresa PÚBLICA brasileira na 2ª maior operadora de aeroportos do mundo em passageiros e 3ª em número de terminais, dos quais há previsão de investimento para ampliação e modernização na cifra dos bilhões para os próximos anos, dignam-se o respeito e consideração dos falaciosos.
O Brasil continua sendo considerado SEGURO para voar, porque a INFRAERO tem honrado todas as Recomendações de excelência em SEGURANÇA AEROPORTUÁRIA e NAVEGAÇÃO AÉREA ao longo de anos com a OACI (Organização da Aviação Civil Internacional). Caso não haja esse comprometimento e fiel cumprimento das Recomendações, o Brasil a qualquer tempo pode ser desconsiderado como país seguro para voar e, consequentemente, dezenas de Cias Aéreas poderiam(ão) deixar de operar no país. Isso significaria desemprego e retrocesso para a aviação.
Incrível que nos últimos anos os "especialistas" do Brasil só apontam críticas negativas à Infraero, mas a ICAO e a TSA (norte americana) apenas elogios.
Segundo:
A ANEI tem acompanhado o debate de perto sobre o tema privatização/concessão e a insistência de alguns "especialistas" no modelo único de aeroportos como solução para os problemas de um país continental que agoniza há décadas por falta de gestão pública continuada, melhores estradas, portos, hidrovias, trens, metrôs e outros modais, para darem melhor fluidez a passageiros e cargas.
Afirmar que o TAV em São Paulo não saiu do papel por culpa da Infraero, beira ao delírio e não merece comentários por inconsistência e quiçá seria o mesmo discurso de que o Rio de Janeiro poderia não sediar as Olimpíadas por culpa do Aeroporto do Galeão... mesmo o Rio perdendo feio para as outras candidatas em quesitos como metrô, hotelaria, infraestrutura urbana e etc. Para se ter uma ideia, em 31 anos de existência o metrô do Rio tem apenas 42 km de extensão e com 36 anos em São Paulo são 62,3 km; em Londres são 408 km, em Paris são 213 km e em Moscou são 276 km... Enfim, não executaram ainda o TAV por outros motivos menos por culpa da Infraero, uma vez inclusive, que por décadas os governos têm se mostrado ineficientes para ampliar significativamente a extensão dos metrôs de nossas capitais.
Terceiro:
Apesar de técnicos verdadeiramente especializados e empresários brasileiros que lidam dia a dia no macroprocesso da aviação se posicionarem contrários a privatização/concessão - por ser um modelo muito mais caro e malsucedido em diversos países, têm nos causado estranheza a forma agressiva e predatória como alguns "especialistas" têm proposto o tema se de fato a maioria dos mais importantes aeroportos da Europa e dos EUA não são privados.
Insinuar que os técnicos da Infraero, uma empresa pública com status, respeitabilidade e história internacional, não possuem capacidade para modernizar e ampliar os aeroportos é jogar em vala comum um trabalho de excelência e comprometimento de décadas no desenvolvimento sustentável do país.
Infelizmente o histórico brasileiro não pode validar a declaração do candidato sobre multa ou perda de concessões...
Para finalizar, soa como contradição que os "aeroportos" administrados pelo governo do estado de São Paulo – DAESP não são privatizados.
Apenas para constar, se privado fosse sinônimo de milagre, os Tribunais de Justiça de todo o país não registrariam ex-estatais, hoje empresa privatizada, no rol das mais reclamadas. ISTO É FATO!
- INFRAERO, uma empresa que precisa ser respeitada nacionalmente -
Porque o Brasil não precisa voar mais alto, precisa continuar voando bem.
Escrito por Administrator 08 Julho 2010
Nenhum comentário:
Postar um comentário