domingo, 31 de janeiro de 2010

INFRAERO

Sexta, 29 de Janeiro de 2010
Infraero reforça efetivo para executar investimentos

A Infraero começou a reforçar o seu quadro de profissionais para a administração de 67 aeroportos brasileiros. A meta da empresa é preencher cerca de mil vagas em diversos cargos de nível médio e superior, que vão contribuir para a realização dos empreendimentos de infraestrutura aeroportuária, principalmente aqueles que integram o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), Copa do Mundo de 2014 e Jogos Olímpicos de 2016.

As convocações começaram em dezembro de 2009 e, do total, 262 são engenheiros e 197 são técnicos da área de Engenharia. Eles atuarão nas áreas Civil, Orçamentista, Mecânica, Sanitarista e Ambiental; e serão lotados na Sede, Superintendências Regionais e Aeroportos. As contratações devem ser efetivadas até o final do mês que vem, desde que durante o processo não haja problemas como desistência do candidato até a admissão ou após a contratação; ou necessidade de repetição de algum exame admissional.

A chegada desses novos profissionais é considerada um grande reforço pelo presidente da Infraero, Murilo Marques Barboza, que conta com a colaboração deles para que a empresa realize todos os investimentos programados. “Frente ao volume de trabalho entre 2010 e 2014, a chegada deles é um grande reforço e isso é absolutamente imprescindível para a Diretoria de Engenharia e Meio Ambiente e a Superintendência de Obras”, destaca o presidente.

Assim que forem admitidos, esses novos empregados serão acompanhados diretamente pela chefia imediata e participarão de treinamentos e visitas técnicas, entre outras atividades, para conhecerem a realidade da empresa e do trabalho a ser desenvolvido. “Esperamos que esses novos funcionários levem de três a seis meses para se integrarem e terem a melhor compreensão das atividades da empresa”, afirma o assessor especial da Presidência, que também responde pela Diretoria de Engenharia, Jaime Henrique Caldas Parreira.

A Infraero possui, dentro do PAC, 44 projetos em 27 aeroportos. Desse total, 16 terminais estão diretamente ligados à Copa do Mundo e aos Jogos Olímpicos e eles vão receber R$ 4,6 bilhões em investimentos.

INFRAERO

Segunda, 04 de janeiro de 2010
Aeroporto Internacional Afonso Pena / Curitiba tem balanço positivo em 2009


Números positivos indicam aumento na movimentação de passageiros e aeronaves por meio do Aeroporto Internacional Afonso Pena/Curitiba(PR) ao longo dos últimos doze meses. A expectativa é que o número de passageiros alcance 4,8 milhões/ano. O dado representa crescimento de 12% em relação ao ano de 2008 em que o movimento registrado foi de 4,2 milhões de viajantes.

Já o número de pousos e decolagens aponta aumento de cerca de 9% em relação ao ano anterior. Incluindo a movimentação de aeronaves no dia 31, o ano deve ter se encerrado com 78,5 mil movimentos contra 69 mil pousos e decolagens registrados em 2008. "Nossa margem operacional (que é a relação entre a receita e a despesa) ultrapassa 40% no balanço do ano, o que mantém o aeroporto entre os dez primeiros no ranking de resultados da rede", explica Antonio Pallu - superintende do aeroporto de Curitiba. Ele acrescenta que o resultado é fruto do comprometimento do corpo funcional da Infraero que atua na capital paranaense.

O mês de outubro aparece com destaque no balanço do aeroporto. Foram registrados 551.481 embarques, aumento de 48% em relação a outubro de 2008. No mesmo mês, o movimento de pousos e decolagens cresceu 17% em relação ao mesmo período no ano anterior.

Na semana que antecedeu ao Natal, a movimentação de passageiros em Curitiba foi 21% maior que no ano passado. O plano integrado de contingência com ações conjuntas entre a Infraero e os demais agentes do setor aéreo tem se mostrado eficiente, pois mesmo durante a alta temporada o aeroporto opera sem impactos. Itens voltados ao conforto dos passageiros como limpeza, climatização, esteiras de bagagem, banheiros, escadas rolantes e elevadores, pontes de embarque e praça de alimentação tem recebido atenção redobrada da administração local. Proatividade e agilidade na solução de gargalos é a premissa.

União

A união da equipe da Infraero que atua em diferentes setores no aeroporto de Curitiba é um dos fatores do sucesso entre as ações da alta temporada. Empregados das áreas de operações, segurança, tráfego, facilitação e manutenção tem trabalhado em escalas de horários especiais para reforçar o atendimento ao público. Outro fator de destaque é a parceria com órgãos públicos, empresas terceirizadas, companhias aéreas e organizações militares para desempenho conjunto dos trabalhos.

INFRAERO

domingo, 31 de janeiro de 2010

Salgado Filho é um dos aeroportos mais defasados para a Copa

PROBLEMAS EM TERRA

O aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, é um dos casos mais graves na preparação da infraestrutura para a Copa do Mundo de 2014, que será realizada no Brasil. A constatação é de um estudo apresentado pelo Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea), que mostrou os gargalos da aviação civil para o evento esportivo, já levando em conta os investimentos oficiais previstos pela Infraero, a estatal que administra os principais aeroportos do país.

Segundo o Snea, que representa as companhias aéreas, os projetos em andamento nos aeroportos das cidades-sede da Copa serão suficientes apenas para atender ao aumento natural da demanda prevista para o Brasil.

– O problema não é 2014. Teremos preocupações sérias antes disso – diz o presidente do Snea, José Marcio Mollo.

A situação é grave, diz o diretor técnico da entidade, Ronaldo Jenkins, porque a maior parte das obras só ficará pronta em 2014. Até lá, terminais como o Salgado Filho conviverão com sobrecarga. O aeroporto da Capital tem capacidade para 4 milhões de passageiros por ano, mas, em 2009, já recebeu mais de 5,6 milhões de viajantes.

Se as obras seguirem o cronograma da Infraero, a ampliação de 50% do terminal será concluída em 2013, quando 7,6 milhões de passageiros passarão pelo Salgado Filho, quase o dobro do máximo previsto no projeto original. É o segundo caso mais grave entre os 16 aeroportos estudados pelo Snea e pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), atrás apenas do terminal de Brasília.

Jenkins lembrou que os prazos para a realização das obras previstas não podem ser acelerados – e ainda correm risco de atrasar por ações judiciais e problemas em licitações, contratempos comuns no setor público.

O Snea aguarda estudos do governo federal sobre novos modelos de administração dos aeroportos, como privatização e concessões. Jenkins, entretanto, não se mostra otimista com as alternativas. Lembra que há três anos, quando as companhias aéreas se candidataram para construir, com recursos próprios, o terceiro terminal de passageiros no aeroporto em Guarulhos (SP), os departamentos jurídicos das empresas e da Infraero não encontraram um modelo legal que permitisse a parceria.

A privatização, avaliada pelo governo, não é uma alternativa viável, segundo o Snea. Casos malsucedidos na Argentina e na Grã-Bretanha desestimulam a experiência. Uma possibilidade é limitar a capacidade dos aeroportos, para evitar a sobrecarga.

– Possível, é. Mas que indústria é essa que tem sua atividade cerceada mesmo com aumento da demanda? – reclama Jenkins.

A Infraero informou, por meio da assessoria de imprensa, que não recebeu o estudo do Snea, por isso não faria comentários. Ainda de acordo com a estatal, os investimentos para melhorar a infraestrutura aeroportuária para a Copa do Mundo de 2014 estão dentro do cronograma. A empresa pretende investir R$ 4,6 bilhões em 16 terminais, incluindo os 12 aeroportos das cidades-sede.

O que está previsto para o Salgado Filho

Ampliação da pista
Ano: 2010-2012
Valor: R$ 122 milhões

Reforma e ampliação do terminal de passageiros
Ano: 2010-2013
Valor: R$ 360,21 milhões

Recapeamento da pista
Ano: 2010
Valor: R$ 12,95 milhões

Pontos críticos

Segundo o Snea, o Salgado Filho precisa de investimentos em todas as áreas:

Pátio de aeronaves

- Apresenta rachaduras no pavimento

- É necessária a construção de mais posições para estacionamento de aeronaves
durante a madrugada (pernoite)

Pista de pouso

- Precisa ser ampliada

- São necessárias duas "saídas rápidas", ligações que permitem a saída do avião da pista logo após o pouso

- Construção de pista de manobra (taxiamento) em uma das cabeceiras da pista

Outros investimentos necessários

- Aumento da área de check-in de passageiros

- Ampliação do pátio de aeronaves

- Construção do terminal de cargas

- Aumento das salas de embarque

Fonte: Alexandre de Santi (Zero Hora)

INFRAERO

sábado, 30 de janeiro de 2010

Promessa no ar

Decreto do governo impõe metas para atendimento, filas e bagagens nos aeroportos do país

Pouco mais de três anos após o país ter enfrentado o caos aéreo, com os usuários sofrendo transtornos pela falta de organização, o governo decidiu determinar padrões mínimos de qualidade de atendimento nos aeroportos. Um decreto enviado pelo Ministério da Defesa à Casa Civil, a ser assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva antes do carnaval, vai fixar o tempo máximo que a companhia aérea terá para fazer o check-in do passageiro a partir do momento que ele chegar ao balcão, para a devolução da bagagem e para as filas de controles de Polícia Federal (PF), Receita Federal e Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O decreto dará à Infraero poderes de coordenação sobre a prestação de serviços dos vários órgãos públicos que convivem nos aeroportos. Atualmente, cada órgão trabalha isoladamente e quando acontece um problema a responsabilidade não é de ninguém.
Esse posto será ocupado pelos próprios superintendentes dos aeroportos, que poderão cobrar dos demais órgãos um padrão na formação de filas ou uma melhor distribuição dos agentes entre os terminais, conforme o movimento em diferentes horários.
Com sete artigos, o texto do documento estabelece que a harmonização dos órgãos que atuam no aeroporto é essencial para prestar um serviço adequado aos usuários. O governo chegou a pensar em criar a figura da autoridade aeroportuária, mas concluiu que o termo poderia gerar ainda mais conflitos entre os órgãos — que poderiam achar que estavam sofrendo ingerência. O grupo que participou da elaboração do decreto considerou que o termo coordenação seria mais palatável e compreendido pelos órgãos
Anac vai determinar índices de qualidade
A Receita Federal, explica um técnico que participou da elaboração do texto do decreto, continuará soberana para definir que bagagem deve ser aberta para vistoria. Mas o coordenador aeroportuário poderá cobrar que a vistoria obedeça a um padrão de tempo ou que sejam postos mais agentes e equipamentos para esse trabalho.
Os critérios de qualidade serão estabelecidos em todas as áreas do aeroporto. No caso dos balcões de checkin das companhias aéreas, exemplifica o técnico, os padrões internacionais apontam que o atendimento, após iniciado aos passageiros, deve ser feito em um minuto e meio. No Brasil, não existe parâmetro e, numa medição informal, constatou-se casos de empresas que levam até quatro minutos.
Os indicadores de qualidade serão fixados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e vão orientar a Infraero na tentativa de reduzir os transtornos aos passageiros, sobretudo de voos internacionais, que apresentam enormes filas para checar passaporte, visto e fazer a declaração de bagagem.
Caso o tempo de espera extrapole o previsto, o superintendente do aeroporto estará autorizado a agir, exercendo o papel de coordenador.
Infraero poderá exigir atendentes
Com a prerrogativa, a Infraero poderá, por exemplo, exigir mais atendentes nos guichês; poderá também utilizar espaços ociosos reservados aos órgãos que atuam nos aeroportos, bem como das companhias aéreas.
Terá liberdade, neste caso, para abrir espaços em áreas vazias das empresas, nos balcões de check-in, quando houver fila na concorrente.
Atualmente, a Infraero não tem competência expressa para agir nos 67 aeroportos que administra e acaba, muitas vezes, ficando a mercê do trabalho dos órgãos que atuam nos terminais, disse um integrante do governo.
Um aeroporto, acrescenta esse técnico, funciona no Brasil como se fosse um condomínio, onde se nomeia um síndico, mas não há uma convenção para amparar seu trabalho.
Outro aspecto fundamental para a pontualidade dos voos é a fixação de um limite para que as companhias deixem suas aeronaves paradas no finger. Hoje, não há parâmetros e, mesmo que a companhia seja multada por algum abuso, o valor é irrisório.
O decreto da Defesa foi a alternativa encontrada pelo governo para contornar a necessidade de aprovar no Congresso uma nova função para a Infraero permitindo que a empresa assumisse o comando dentro dos espaços aeroportuários.
Antes mesmo de ser publicada, a medida já mobiliza as cúpulas dos órgãos envolvidos, que têm procurado a Infraero para articular os trabalhos.
Segundo uma fonte, a iniciativa é um primeiro passo. No futuro, pode-se discutir, por exemplo, a unificação dos trabalhos dos fiscais da Receita e da Polícia Federal. Com isso, evitariam-se enormes filas nos principais hubs (centros de distribuição de rotas) internacionais: Galeão e Guarulhos.